quarta-feira, 14 de abril de 2010

O JARDIM MEDITERRÂNICO





O mais intemporal de todos os estilos apreciados pela equipa da Natureza Urbana, o Jardim Mediterrânico traduz harmonia e elegância na linguagem vegetal.
 
Este jardim com uma área de aproximadamente 20 m2 foi construído sobre um terraço que funcionava como cobertura do edifício. Após receber os trabalhos de impermeabilização do pavimento, toda uma estrutura de alvenaria foi levantada para receber árvores de grande porte que atingirão os 4 metros de altura. Canteiros alinhados junto às paredes recebem os exemplares de maior dimensão e são rematados com vasos de gosto neoclássico onde crescem os citrinos.
 
Os clássicos geranios, Pelargonium zonale e o Pelargonium peltatum coloram o espaço com a intensa floração desde a Primavera até ao fim do Outono.
Um dos temas mais bem sucedidos no arranjo de pequenos espaços exteriores idealizados pela equipa Natureza Urbana é o mediterrânico de inspiração neoclássica. Arrumado e em sintonia com o enquadramento vegetal, requer de uma maneira geral, alguns ornamentos que o tornam mais singular e elegante.

O uso de Buxus sempervirens, (em cima, os pequenos arbustos talhados em formas arredondadas) citrinos, oliveiras, loureiros, romanzeiras, entre outras espécies, são elementos indispensáveis no pequeno jardim de estilo mediterrânico, dispostos com ritmo e sequência pautados pela silhueta dos ciprestes.
Os pequenos espaços são particularmente indicados para a organização de um pomar envasado reproduzindo a perspectiva de uma paisagem campestre.
Os denominados roof gardens prestam-se para acolher estes pequenos jardins de árvores de fruto pela sua excelente exposição soalheira.
Este projecto foi executado em 2001 e situa-se na cobertura de um 8º andar num prédio construído em 1965, situado nas Avenidas Novas, um bairro bastante cosmopolita da cidade de Lisboa mas que reencontrou a rusticidade da paisagem rural neste pequeno ponto verde.
A lage recebeu um isolamento sobre o já existente aquando da construcção do edifício o que permitiu explorar o lugar com exemplares arbóreos de grande porte como se se tratasse de solo. Os ciprestes atingiram um máximo de 4 metros de altura, medida considerada segura e simultaneamente eficaz para o efeito pretendido. Foi-lhe aplicado um corte nos ramos mais altos da copa das árvores para tornar mais lento o seu desenvolvimento.

Nas floreiras de alvenaria, embora de dimensões aparentemente reduzidas, oferecem capacidade para o desenvolvimento de plantas de todos os portes. O desenho em zigue-zague, facilita um melhor aproveitamento do espaço para receber vasos em alinhamento.
Porém, são os pequenos ornamentos que dão movimento e entoação pessoal ao estilo académico de um jardim de inspiração neoclássica.
E o surgimento profícuo de flores e frutos que por sua vez atraem insectos, celebra deste modo um hino à natureza e à estética onde não esperaríamos ser possível ver criado um delicado ecossistema.